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Embora
a Umbanda receba pedradas de todos os lados, muitos companheiros derretem-se
por uma “autofobia” das mais estranhas. Confundem crítica com ofensa
e não podem ver um evangélico externando sua opinião contrária a religião que
já disparam frases como: você é intolerante! Seu preconceituoso! Isso
quando não partem para desfile de palavrões...
Se
alguém diz não concordar com algo que se pratica na Umbanda, esses companheiros
logo se inflamam exigindo respeito, pedido de desculpas, como se fosse,
simplesmente, proibido criticar.
Mas,
é proibido criticar?
A
crítica é um exame minucioso de algo. Criticar, portanto, não é apenas uma
atitude racional, mas esperada em pessoas emocionalmente maduras e sensatas. Aliás, se
entre as fileiras umbandistas houvessem mais críticos, provavelmente, muitos
absurdos seriam parte do passado...
A
ofensa, por outro lado, é um desrespeito, é atingir a honra de outra pessoa ou
causar-lhe algum dano. Trata-se, portanto, de algo bem diferente.
Uma
coisa é um evangélico, por exemplo, dizer:
-
Não concordo com a incorporação dos mortos que se pratica no terreiro por causa
deste ou daquele versículo na Bíblia.
Isto
é uma ofensa? Não! É uma crítica! E obviamente ele tem todo o direito do mundo
em fazê-la já que professa outra crença...
Bem
diferente seria se dissesse:
-
Você, macumbeiro safado, que fica recebendo esses demônios no terreiro, você
vai arder no inferno por toda a eternidade...
Compreendem
a diferença?
Ninguém
é obrigado a concordar com a nossa fé e, sem dúvida, o Movimento Umbandista
(isto é, aquilo que se faz nos mais variados terreiros por aí) têm muitas
práticas que merecem, sim, críticas bastante pontuais... Saibamos, contudo, diferenciar
quando alguém faz uma crítica e quando se pratica uma ofensa, esta última, sim,
sempre censurável.
Quanto
à primeira, é apenas exercício intelectual e só faz bem, exceto, aos que
possuem a fé edificada sobre um monte de areia.
Leonardo
Montes
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