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O desenvolvimento
mediúnico ocorre, basicamente, em três fases: irradiação, incorporação e
firmeza. Não há tempo mínimo ou máximo para que ocorra, embora,
normalmente, as pessoas se desenvolvam no período de um a três anos em nossa
casa, com desenvolvimentos quinzenais.
Descreverei o que aprendi
nestes anos de observação, acertos e erros no processo de desenvolvimento.
IRRADIAÇÃO
É a fase inicial do
processo e consiste, basicamente, no envolvimento energético da entidade para
com o médium. É a fase em que a entidade se acostuma com a energia do médium e
o médium com a da entidade.
Durante o desenvolvimento,
é comum que o médium seja colocado para girar, a fim de que o mesmo perca o controle
sobre seus pensamentos, deixando o processo fluir com naturalidade.
O médium nesta fase
cambaleia, perde o equilíbrio, tem a visão embaçada, sente a energia da
entidade percorrendo seu corpo, sente frio nas mãos, a pressão cai: todas
essas sensações são comuns, naturais e esperadas.
Nesta fase, a entidade
não está incorporada, embora esteja energeticamente ligada ao médium, portanto:
não fala, não fuma, não bebe e não se locomove sozinha.
INCORPORAÇÃO
Decorridos alguns
meses da irradiação, ocorre a incorporação que é, basicamente, o
entrelaçamento energético dos chakras da entidade com os do médium.
A princípio, essa
ligação é fraca e sutil. Com o passar do tempo, torna-se mais intensa,
fortalecida, até que esteja completa.
Nesta fase, o médium já
não cambaleia tanto, a entidade tem maior controle sobre o movimento corporal.
É quando o caboclo emite o seu primeiro brado, o preto-velho se curva, o exu
engrossa a voz, etc.
É nesta fase que a
entidade começa a riscar o seu ponto (é normal que varie com o correr do tempo,
já que se trata de um processo), é quando começa a firmar a vela e a pedir os
seus primeiros elementos de trabalho (sendo interdita a bebida alcoólica, que é
a última no processo).
É a fase em que o
médium conhecerá a entidade, seu nome, sua personalidade, seu jeito de incorporar,
seu ponto riscado, os elementos com os quais trabalha, etc.
Nesta fase, a entidade
emite as primeiras palavras, embora não esteja apta a fazer consultas. Não se
deve levar a ferro e fogo o que o médium diz neste processo, pois ele ainda
está aprendendo a intermediar a entidade com segurança...
FIRMEZA
É a fase final do
processo.
Nesta fase, a
incorporação ocorre de forma rápida, pois tanto o médium quanto a entidade já
se acostumaram com a energia um do outro.
Nesta fase o médium já
sabe o nome da sua entidade, o ponto riscado já assumiu a sua característica
definitiva e a incorporação é forte o suficiente para que a entidade consiga dominar
totalmente o corpo do médium e consiga conversar mentalmente com ele.
Então, ela é direcionada
para a firmeza, ou seja, ele fica em um canto, risca seu ponto, pede seus
elementos e permanece em silêncio.
Esta é uma
etapa-desafio, pois o objetivo é fazer com que o médium sustente a incorporação
pelo maior tempo possível e conheça mais e melhor a entidade com a qual
trabalhará em breve.
Digo que se trata de
uma etapa-desafio, pois é o momento em que a ansiedade dos médiuns fica mais
evidente, já que não suportando o silêncio (afinal, de modo geral, não estamos
acostumados a ele), com frequência acabam chamando os cambones para
conversar, contudo, isto é ansiedade do médium e não desejo da entidade.
A firmeza é o momento
em que a entidade conversa com o seu médium, não com outras pessoas.
É quando o aconselha
sobre pontos importantes da sua vida e da caminhada de ambos, daí a importância
de o médium permanecer em silêncio, sustentando a incorporação pelo maior tempo
possível (afinal, as giras podem ser bem longas).
Depois de alguns meses,
então, a entidade-chefe avalia o transe do médium e o libera para o atendimento
na corrente ou estende um pouco mais o período de desenvolvimento: depende
da postura de cada médium!
Se a incorporação
estiver firme, se o fluxo energético estiver forte, se a entidade conseguir se
comunicar com facilidade através do médium, então, o seu desenvolvimento estará
concluído e ele poderá fazer parte da corrente de atendimento.
Entretanto, o fim do
desenvolvimento mediúnico não é o fim da jornada mediúnica da pessoa, pelo
contrário, é a fase inicial. Nos próximos anos, conforme amadurecer, a sua
mediunidade também amadurecerá.
Leonardo Montes
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