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Uma coisa que tenho feito nessa quarentena é
pensar, pensar muito... Hoje, compartilharei um destes pensamentos com vocês.
Eu pisei pela primeira vez em um terreiro de
Umbanda com 28 anos de idade. Foi uma experiência marcante, forte e que, sem
dúvida, mudou o rumo da minha caminhada na Terra.
Contudo, eu vivi longos 28 anos sem terreiro...
Comecei a trabalhar e a desenvolver a minha
mediunidade aos 30 e foi, sem dúvida alguma, a experiência mais transformadora
que vivenciei até o momento.
Contudo, eu vivi longos 30 anos sem
mediunidade...
Assim, pergunto: por que tanta gente
desequilibrada com a casa fechada por um mês? A maioria das pessoas que conheço
também viveram a maior parte das suas vidas sem terreiro...
Se conseguiram viver 20, 30, 40 anos sem
terreiro, por causa de alguns meses de terreiro fechado vão se desequilibrar?
Não há algo errado nessa história?
É claro que a gente sente falta (eu também
sinto). O terreiro faz muito bem pra nossa alma...
Contudo, se eu preciso do terreiro para me
sentir bem e equilibrado, então, talvez, a minha relação com a espiritualidade
esteja equivocada.
O terreiro deve ser um complemento da nossa
vida espiritual, um local para nos encontrar, confraternizar e trabalhar. Ele
não pode (e não deve) se tornar uma muleta espiritual, caso contrário,
estaremos repetindo os mesmos erros das velhas religiões...
O Velho sempre me ensinou: “O terreiro não são
estas paredes e o teto, o terreiro é o sentimento que está no seu coração”.
Bem, eu estou fisicamente afastado das paredes e do teto, mas não estou
afastado do meu coração...
Logo, para quê sofrer?
Dure esta quarentena o que durar: dois meses,
quatro meses, seis meses, um dia tudo vai passar e os terreiros poderão abrir
suas portas...
Contudo, se não nos cuidarmos (e todos os
trabalhadores sabem o que precisam fazer para isso), corremos o risco de retornarmos
para o terreiro como enfermos e não como trabalhadores...
Leonardo Montes
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