Umbandistas criticando a Páscoa



Eu nunca fiz parte do catolicismo e, por extensão, nunca dei maior importância a seus feriados (apesar de adorar todos eles), porém, aprendi com a própria espiritualidade a respeitar qualquer tipo de fé que faça os seres humanos melhores.

Podem ver que normalmente não publico nada sobre festas tradicionalmente católicas simplesmente porque nunca fizeram parte do meu cotidiano... No entanto, também nunca as desmereci e muito menos as atacaria, o que seria um contrassenso.

No entanto, nessa Páscoa, o que encontrei de umbandistas falando bobagem na internet, é impressionante! Os posts vão desde: “não temos nada a ver com a Semana Santa” até “Jesus não tem nada a ver com a Umbanda”. Eu me pergunto: se esses umbandistas descreem de tudo isso, deveriam também negar o feriado e se oferecerem para trabalhar nele, não?

Mas, algo me diz que, apesar de frequentemente militarem na internet em desfavor de qualquer herança cristã na Umbanda (e por mais que neguem, ela existe), eles ainda aproveitaram o feriado...

Eu vi muitos católicos compartilhando conteúdos sobre estas últimas celebrações de fé e em nenhuma delas vi qualquer ataque à Umbanda, porém, vi muitos umbandistas atacando, gratuitamente, católicos em razão de suas homenagens.

Não tenho a menor dúvida de que os umbandistas que assim procedem estão com o espírito cheio de militância, mas com suas cabeças vazias de conteúdo histórico que nos evidencia, de forma clara e inequívoca, a relação entre Umbanda e Catolicismo desde os primórdios da religião.

Por fim, não prolongarei este tema que já expus em meus vídeos diversas vezes.

No entanto, gostaria de ponderar o seguinte: a Umbanda é uma religião influenciada pelo Espiritismo, pelo Catolicismo e pelo Candomblé, majoritariamente e por outros movimentos em menor escala. Qualquer discurso de radicalismo ou de purismo na Umbanda é hilário, pois trata-se de uma religião que costura diversos conhecimentos fazendo-os funcionar muito bem, pelo menos, até recentemente, quando militantes trocaram o conhecimento histórico por fundamentalismo.

Leonardo Montes

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